Freitag, 16. Mai 2008

http://formiguinhaatomica3.no.sapo.pt/DSCN1574_B.jpg

"para ser lido com crescente rapidez e decrescente certeza

amigo que pensas que eu não

saiba todo o mundo que amigos

como nós já não os há quem

os faça como nós já não há

necessidade de falar quase que

chega o arquear de uma sobrancelha

cerrada a porta do entendimento que

nós somos amigos até sermos areia

do mesmo deserto assim o jurámos

quando ainda havia necessidade de

falar contigo é o meu mais ardente

anseio fútil eu sei porque de palavras nós

não necessitamos para nos entender

e é tudo tão belo tão profundo

para quê perder tempo com o adquirido

entre nós o silêncio grávido que nunca

mais dá à luz AMIGO QUE PENSAS?"


aa

Dusseldorf, 10.01.1998

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