Samstag, 2. Mai 2015


A Voz
 
Da tua voz
o corpo
o tempo já vencido

os dedos que me
vogam
nos cabelos

e os lábios que me
roçam pela boca
nesta mansa tontura
em nunca tê-los...
 
Meu amor
que quartos na memória
não ocupamos nós
se não partimos...
 
Mas porque assim te invento
e já te troco as horas
vou passando dos teus braços
que não sei
para o vácuo em que me deixas
se demoras
nesta mansa certeza que não vens.



Maria Teresa Horta


Freitag, 1. Mai 2015




INVESTIGAÇÃO FILOLÓGICA

Um dia destes chamo-te
E gastamos um momento para fazer amor.
A ver se é verdade isso que dizia Cernuda
De que os corpos fazem um ruído muito triste
Quando se amam.

Manuel Arana
in Adolescencia dos: poemas hormonados

Certezas