Dienstag, 15. April 2008



Ligas-me às duas da manhã.

Interrompes o meu primeiro sono, de
saída de banco, cansada até
à náusea, como bem sabes,

tendo sido tu quem
me manteve
acordada até tarde
com crises existenciais.

Aos 45 anos ainda te indignas com
o egoísmo das pessoas.

Pois.

Que francamente ninguém pensa
senão em si.

Pois.

Que nem dormir consegues
perante tal epifania.

Pois.

Que não te parece que eu
alcance a gravidade da situação.

Pois não.

Que justamente de mim
esperarias mais apoio.

E eu, que aos 35 anos já não me
espanto com a cegueira das pessoas,
mando-te à merda,
adormecendo de novo
ainda a ligação não caíu.

aa, 12.04.008
Vértigo